24 fevereiro 2013

Fix a Heart - Capitulo 3

Um mês havia se passado desde que conheci Annelise. E não, eu não contei. Caitlin que comentou isso comigo ontem. Mas não faz diferença, ao menos não para ela. Queria poder dizer que somos amigos, irmãos ou ate mesmo namorados. Mas não. Não somos nada disso, e acho que nunca seremos. Conversamos todos os dias, mas não somos próximos um do outro como ela é de Chaz ou eu sou de Caitlin. Annelise vive no mundo dela, quieta, misteriosa. E eu, a cada dia que passa me atolo mais na merda que é minha vida. Nos últimos dias, minha mãe começou a tomar antidepressivos de tarja preta. Quando não está medicada, ela tem crises de choro e começa a gritar. Não a julgo por me culpar. A morte de Charlie foi o ponto que empurrou-a para a depressão, e me ver todos os dias, vivo, a enlouquece.
Porque eu? Bem, Charlie morreu em um acidente de carro. Carro que eu dirigia. Estávamos bêbados, primeiro porre do meu irmão mais velho, e ele me mandou dirigir, pois estava em um estado pior que o meu. Meu irmão não bebia, não fumava. Era o orgulho da família. Estudava em Oxford, tinha um ótimo emprego, uma namorada perfeita... Bem, não me lembro de muita coisa sobre aquela noite. Só sei que depois de pegar o volante, dirigi por alguns km, e antes de apagar, lembro de ver dois faróis enormes. A policia disse que eu havia entrado na contra-mão e bati de frente com uma carreta. Quebrei um braço e tive uma concussão. Charlie morreu na hora pois estava sem cinto de segurança.
Minha família nunca conseguiu esconder a revolta que sentiam. Charlie era o preferido de todos. Um ótimo filho, ótimo amigo, ótimo namorado, ótimo aluno... E morrera. E eu era apenas o rebelde, o garoto problemático que bebia, fumava e não ia pra escola. Eles nunca me perdoaram. Meus pais nunca me perdoaram. Eu nunca me perdoei. Por esse motivo recorri ao meu refugio. Maconha e álcool.

15 fevereiro 2013

Fix a Heart - Capitulo 2

- Vamos logo Somers. - resmunguei logo após dei um soco na porta do banheiro.
- Cara, eu to indo! - Chaz exclamou.
- Puta que pariu. - suspirei e me joguei de costas na cama dele. Estava esperando a rainha ficar pronta para irmos para a casa de Caitlin a dez minutos. Ok, não é muito tempo, mas para alguém como eu, que odeia esperar é uma eternidade. Pode me chamar de exagerado, eu deixo.
Mais alguns longos minutos se passaram e enfim a bicha do Somers saiu do banheiro.
- Cara, coloca uma roupa. - reclamei. Ele estava só de toalha.
- Eu sei que te mato de tesão Justin, eu sei. - Chaz fez uma cara 'sexy' e me atirou um beijo. Fiz uma careta de nojo e rimos.
- Então, já conheceu a amiga nova da Caitlin? - perguntei.
- Amiga nova? Que eu saiba a Caitlin não tem uma amiga nova. - Chaz disse do closet.
- Como não? A Annelise. - comentei. Chaz colocou a cabeça para fora do closet e me fitou com um sorriso sacana.
- Caitlin e Anne se conhecem a meses! Mas a Anne só se mudou pra cá semana passada. Elas se conheceram naquela viajem da Caitlin para Londres.
- Então você a conhece. - disse por fim.
- É claro... Você não a conhecia? - perguntou, perplexo.
- Não. Eu conheci ela ontem. - dei de ombros.
- Ela é legal... Só é meio quieta e misteriosa, mas depois que entra no clima é bem divertida. - Chaz disse.
- Certo.

Fix a Heart - Capitulo 1


Bati a porta de casa com raiva. Não aguentava mais ouvir a briga de meus pais, e ainda por cima, os motivos eram sempre os mesmos: nada.
Eles viviam brigando por nada, e isso me irritava. Acho que irritaria a qualquer pessoa nesse mundo.
Não conseguia entender como eles podiam mudar de humor tão rapidamente. Trinte minutos atrás eles estavam conversando e rindo animadamente. Agora minha mãe está gritando feito uma louca e meu pai quebrando a casa. Maravilha.
Aonde ir? Não podia ficar parado naquela esquina o resto da tarde, iriam achar que eu era louco ou um assaltante. Ryan e Chaz haviam ido ao cinema com duas garotas fúteis que conhecemos ontem no parque, Christian estava na escola... e Caitlin, bem, esperava que a mesma não estivesse fazendo algo importante. Talvez ela possa me ajudar, como sempre faz.
Aumentei o ritmo da caminhada e logo estava tocando a campainha da casa dos Beadles. Nada. Tentei novamente. Nada de novo. É, hoje o dia não tá bom pra mim.
Oh merda! Quando preciso dos meus amigos eles simplesmente somem do mundo.
Suspirei alto, e segui em direção a calçada.
- Procurando a Caitlin?
Segui o som da voz com o olhar. De onde aquela garota saiu?
- Sim, estou procurando por ela. Sabe onde ela está? - perguntei educadamente. Sim, sou um garoto educado.
- Ela saiu com uma tal de Amy. - disse a garota e revirou os olhos. Acho que ela não gosta da Amy... Bem, nem eu gosto.

04 fevereiro 2013

Nosso (Estranho) Conto de Fadas - Capitulo 32 (ultimo)


Julie terminara de escrever a coluna com um sorriso no rosto. A entrevista tinha realmente sido boa. Era a oportunidade que estava esperando desde que terminara a faculdade há dois anos. Se se saísse bem, conseguiria o cargo de diretora chefe da redação da revista Teen Vogue. Amava seu trabalho, não o trocaria por nada no mundo.
- Já acabou, Julieta? – Lívia, editora chefe perguntou da porta.
- Sim, já terminei. Todos já foram?
Lívia assentiu.
- Você vai embora agora? – perguntou à ruiva.
- Sim, sim. Já vou. – Julie pegou sua bolsa e notebook e acompanhou a ruiva para fora da redação.
- Então... Planos pra essa noite? - Lívia perguntou.
Julieta deu um sorriso de canto.
- Na verdade não. Só quero que ele esteja em casa. - deu de ombros.
- Quanto tempo?
- Seis meses. - Julie respondeu a pergunta da amiga. Seis meses sem ver Justin. Seis meses sem toca-lo, sem beija-lo, se ouvir o 'eu te amo' dos lábios do garoto. Só ela sabia o tamanho de sua saudade.
- Não sei como aguenta. - Lívia disse.
- Eu o amo.

- É. Eu sei. - as duas riram.

Julie estacionou o carro na garagem, e saiu do mesmo suspirando. As luzes da casa estavam todas apagadas. Nenhum barulho, nenhum ruido. Ele não havia voltado. Sentiu o ar ficar ficar escasso, e seu coração diminuir de tamanho. Ele não havia voltado. Justo naquele dia?
A garota respirou fundo, e adentrou a casa de dois andares na qual morava a um ano com Justin.
Desde que terminara a faculdade, há dois anos, ela e Justin ficavam juntos quando podiam, ate Justin pedir a garota que fosse morar com ele em Nova Iorque. Ela aceitou, afinal havia conseguido o emprego perfeito. Mas a seis meses não via Justin, haviam morado juntos apenas por metade do ano e ele teve que partir para uma turnê mundial. Julie odiava ter que ficar longe do amado.
A garota largou a bolsa em cima do balcão da cozinha e subiu para o quarto. Abriu a porta devagar, na esperança de vê-lo adormecido. Os lençóis estavam intactos, como ela havia deixado pela manha. Voltou para o andar de baixo, e só então reparou que o telefone piscava. Apertou o botão e ouviu a mensagem de voz. Justin não viria. Ele não teve coragem nem de ligar para ela.
- IDIOTA! - Julie gritou e atirou o telefone no chão, sentindo sua felicidade ir com ele.

***

- Dude, se acalma. - Scooter disse.
- Me acalmar? Como? Era pra eu estar em casa Scooter, com a Julie! Quatro anos cara, quatro anos. Hoje! Ela jamais vai me perdoar. - Justin suspirou.
- Melhora essa cara Bieber, você entra em cinco minutos. - Scooter disse e saiu do quarto.
Justin não sabia porque resolveu dar aquela entrevista, tendo que adiar seu voo para Nova Iorque para o outro dia. E dai que era a Oprah? Era sua Julie que estava decepcionada naquele momento. Ele prometera jamais troca-la pelo trabalho, prometeu estar sempre com ela em datas especiais. Em uma data como aquela, era dever dele estar com a namorada. Que então se tornaria noiva.
Pegou o celular e discou o numero de casa. Ninguém atendia. Havia sido covarde por não ligar para Julie pela tarde, então deixou um recado na secretaria eletrônica da casa na qual moravam. Idiota? Covarde? Sim, ele sabia que era tudo isso. Mas tinha medo. Não de vê-la, mas sim do pedido que faria. E se ela não aceitasse? Se decidi-se que era mais feliz sozinha? Justin não saberia lidar com a situação.
'Idiota' sua consciência alertou. Ele e Julie namoravam há quatro anos, porque ela recusaria seu pedido? Não estaria pedindo que se casassem no outro dia, apenas pediria a mão dela, nada mais. Mas fora isso que o deixou temeroso, fora isso que o fez adiar seu embarque para casa e dar aquela entrevista. Era um grande merda, pensou.
- Justin, vamos. - Scooter apareceu na porta. O cantor tomou folego e levantou.
- Vamos lá, tomei a decisão de merda mesmo. - resmungou sozinho e seguiu para o set de filmagens.

***

Julie estava de camisola, enrolada em vários cobertores e comendo doces enquanto assistia tv. Mais depressivo que comer doces e assistir a Oprah não existia. Julie pensou em ligar para Caitlin. Mas a amiga ralharia com ela pela atitude infantil, então desistiu.
'E agora, nosso convidado especial' disse a Oprah.
- Espero que seja o Justin Timberlake. - Julie resmungou sozinha e fixou os olhos no garoto que sentava ao lado da Oprah.
- Não! - Julie disse com raiva. Não podia ser. Ele havia trocado o aniversario de namoro deles para ir dar uma entrevista?

***
- É um prazer tê-lo aqui novamente, Justin. - Oprah disse sorrindo. Assenti.
- É um prazer estar aqui com você novamente.
- Achei que não viesse... Meu convite fora repentino.
- Sem duvidas. - Justin riu - Mas eu estava livre essa noite.

***

- LIVRE ESSA NOITE? QUEM ESSE GAROTO PENSA QUE É? - Julie gritou exaltada. Pegou o celular e discou o numero de Justin com raiva. Quase afundando a tela do Iphone pela raiva que sentia.
- ATENDE ESSA PORRA DE CELULAR BIEBER! - gritou novamente.

***

Justin sentiu seu bolso vibrar e logo o toque de Julie (a garota falando 'atende o celular amor, rapidooooo') soou pelo set do programa. Justin congelou.
- É a Julie? - Oprah perguntou. Justin engoliu em seco a assentiu.
- Então atenda Justin, é feio deixar a namorada esperando. - Oprah sorriu.
'Merda' Justin pensou antes de atender a chamada.

***

- Amor? - Julie ouviu a voz de Justin, tremeu de raiva.
- AMOR? VOCÊ TEM CORAGEM DE ME CHAMAR DE AMOR?
- Julie, calma. - Justin suspirou. A plateia havia feito silencio, e os gritos da garota foram ouvidos em rede nacional.
- CALMA NADA JUSTIN! PORQUE DIABOS VOCÊ NÃO VEIO PRA CASA? HOJE TE LEMBRA ALGO? QUATRO ANOS JUSTIN, QUATRO ANOS!
- Eu sei Julie... Me desculpe. - Julie o ouviu suspirar.
- NÃO DESCULPO PORRA NENHUMA!
- Julie... Se acalma e para de gritar.
- NÃO VOU ME ACALMAR E MUITO MENOS PARAR DE GRITAR! QUE FOI? NÃO QUER QUE O MUNDO SAIBA QUE VOCÊ DEIXOU DE VIR PRA CASA PRA COMEMORAR NOSSO ANIVERSARIO DE NAMORO PRA DAR UMA ENTREVISTA? OU QUE VOCÊ NÃO ME LIGA A UMA SEMANA? OU QUE NÃO NOS VEMOS A SEIS MESES? NÃO QUER QUE AS TUAS FÃS SAIBAM QUE VOCÊ NÃO É O PRÍNCIPE QUE ELAS IDEALIZAM?
- Eu to numa entrevista Julie, depois a gente conversa. Eu chego ai em duas horas. - disse ele.
- NÃO QUERO VOCÊ AQUI SEU IDIOTA, NÃO MAIS OLHAR PRA SUA CARA!
- Julie... Me escuta!

***

Justin sentia seu coração acelerar a cada grito que ouvia. Não estava com vergonha por estar em rede nacional, tinha vergonha do que fizera com a namorada.
- ME DE UM BOM MOTIVO PARA TE ESCUTAR! - ouviu outro grito.
- PORQUE EU TE AMO! - disse ele quase gritando também. Julie se calara. - Me desculpe por não ligar, me desculpe por não nos vermos a tanto tempo, me desculpe por não estar ai... E acima de tudo, me desculpe por seu um covarde. - disse por fim.
- Covarde? O que isso tem haver com o assunto?
Justin suspirou aliviado. Ao menos ela parara de gritar. Mas o publico ainda ouvia toda conversa, mal se atreviam a respirar.
- Eu... Tive medo. Eu estava embarcando no avião há três horas, com o anel e o pedido em mente. Mas desisti... E se você não aceitasse? E se estivesse com raiva pelas coisas que te fiz? Sim, você teria motivos para me mandar pro inferno. Por isso eu desisti, por isso não fui pra casa, por isso te decepcionei. Me perdoe.
- Que pedido Justin?

***

Julie tremia dos pés a cabeça. Não esperava ouvir tudo aquilo.
- Eu... Não queria fazer isso por telefone. Queria que fosse... Normal. - Justin disse.
- E desde quando nós somos normais? Desde quando algo entre nós é normal?
- Nunca... - Julie viu o namorado sorrir pela tv.
- Qual era o pedido Justin?
- Casa comigo? - Justin perguntou.
A plateia foi ao delírio. Oprah quase chorava de emoção.
- Chegue em casa em duas horas e eu te respondo. - a garota sorriu.
- Chego ai antes disso. - Justin respondeu e finalizou a chamada.

***

Uma hora e meia depois.

Julieta estava dormindo no sofá. Acabara pegando no sono enquanto esperava por Justin.
O garoto entrou em casa lentamente, sem fazer barulhos. Conhecia a namorada, e sabia que ela havia dormido enquanto o esperava. Avistou os cabelos castanhos chocolate da amada esparramados pelo ombro do sofá de cor creme. Aproximou-se do móvel e agachou-se ao lado da garota. Beijou-lhe os lábios levemente e quando viu que a mesa havia despertado sorriu.
- Uma hora e meia... Casa comigo? - perguntou baixo.
- Mil vezes sim. - Julie respondeu e selou os lábios dos dois num beijo apaixonado. Afinal, eles eram Justin e Julie, nada nunca era fácil ou normal entre eles.

Fim.

Notas: MEU DEUS DO CÉU  EU TERMINEI! Gente, não esperava um capitulo assim... Ele veio do nada, tinha outra coisa em mente. Bem, eu amei escrever essa fic, foi a mais fofa e adorável que eu já escrevi. Tudo perfeito. Amei cada palavra dela e me sinto completamente satisfeita com o resultado final. Espero que gostem, de verdade. Domingo eu volto com outra fic, completamente nova e diferente desta. Ate domingo mesninas, E MUITO OBRIGADA por acompanharem Juslie ate o final. XxGrazie